segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cidadania, virtude em constante construção

Caros leitores,

Peço-lhes desculpas pelo tempo em que não postei nada no blog. Hoje, ainda não trago um texto meu. Mas, compatilhando dos ideais intrínsecos à construção abaixo, posto uma reportagem muito bacana do jornal Savassi News. Em breve, postarei mais. Obrigado por me acompanharem.

Guilherme.
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Cidadania, virtude em constante construção

Cidadão é uma pessoa que tem direitos e deveres, exercendo-os na sociedade em que vive. Respeita e participa das decisões da sociedade para melhorar sua vida e a de outras pessoas. O verdadeiro cidadão procura zelar pelo bem público, respeitar as pessoas e os locais que frequenta, desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas de trânsito, respeitar os mais velhos (assim como todas as pessoas) até saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia. É, ainda, saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, aquelas que passam por nossas vidas ou fazem parte de nosso dia-a-dia assentadas nas calçadas ou abrigados debaixo das marquises. A cidadania nada mais é do que exercer a conquista desses direitos e o cumprimento dos deveres.

A cidadania é dinâmica, esteve e está em constante construção; é um referencial de conquista da humanidade através daqueles que lutam por liberdade, direitos, dignidade, igualdade, melhores garantias individuais e coletivas e não se conformam frente às dominações arrogantes. A consciência dos seus direitos e das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo, que é a coletividade, é que fazem do ser humano um cidadão perante as pessoas de seu convívio, sua família, seus vizinhos, enfim ao meio onde vive, abrangendo- se então à sua nação, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Só assim se chega ao objetivo final, coletivo: o bem comum.

É preciso que o conceito de cidadania seja divulgada para que ela seja entendida e praticada. Nas escolas, deveria ser tema dos mais importantes, tornando-se matéria imprescindível no currículo de nossas crianças para que saibam praticá-la no decorrer de toda sua vida. Trabalhar a coletividade desde a infância ajudaria - e muito - na construção de uma sociedade mais consciente de seus direitos e deveres e, consequentemente, mais justa. Incentivar a curiosidade sobre a coisa pública, o funcionamento das instituições e seus verdadeiros objetivos formariam adultos mais preparados para cobrar de nossos governantes, atitudes mais dignas de seus mandatos.

Pesquisas constantemente divulgadas pela mídia traz dados preocupantes sobre nossas relações de cidadania, indicando que a maioria dos brasileiros não tem vontade de participar das práticas capazes de influenciar nas políticas públicas. Muitos nem têm conhecimento do que sejam essa prática e outros acham esse assunto “chato demais” para se envolver com ele. Nossos jovens (entre 16 e 24 anos) têm interesse pela coisa pública, mas este interesse cai progressivamente à medida que a idade aumenta. A maioria de nós, passados apenas alguns meses das eleições, não se lembra em quem votou para deputado estadual ou federal ou até mesmo para senador: faça um teste consigo mesmo.

Para que haja democracia é necessário que governados queiram escolher seus governantes, queiram participar da vida democrática, comprometendo-se com seus eleitos, apontando o que aprova e o que não aprova das suas ações. Assim vão sentir-se cidadãos. Isto supõe uma consciência de pertencimento à vida política: querer participar do processo de construção dos destinos do próprio país, estado, cidade ou bairro. Ser cidadão é sentir-se responsável pelo bom andamento das instituições; é interessar-se pelas atividades de seus governantes, exigindo, com postura de cidadão, que estes sejam coerentes com seus cargos, razoáveis no cumprimento das suas finalidades e intransigentes em relação aos seus princípios constitucionais.

A cidadania pode ser exercida desde a tenra idade no convívio com os colegas de escola, nas disputas esportivas e até nas festinhas familiares. Ensinar aos nossos filhos a importância da coletividade, do respeito com o próximo e na solidariedade com os menos favorecidos torna-os mais seguros de si e de sua posição diante da sociedade. Uma educação voltada para o convívio social, onde as pessoas devem priorizar o respeito mútuo, indiferente de sua cor, sua preferência sexual ou condição financeira é a base de uma sociedade evoluída.

É muito importante para um país que quer subir ao posto de primeiro mundo, como é o caso do Brasil, ter consciência da necessidade de se informar e participar das ações políticas da nação. Saber os rumos políticos e econômicos do país onde se vive não é apenas um direito do cidadão, mas também um dever. Opinar e reivindicar ações justas e honestas de nossos governantes, independente do veículo de comunicação que se utilize, já é um grande passo para exercer a cidadania.